domingo, 31 de maio de 2015

Globo e Pastoral da Criança lançam campanha “Toda gestação dura 1000 dias”

Aplicativo, filme na programação e ações nas mídias sociais chamam a atenção para a importância dos cuidados nos primeiros 1000 dias de vida da criança.
1000 dias
A chegada de um bebê é um momento único e emocionante para uma família, especialmente para a mãe e o pai. E também uma época de muitas dúvidas e descobertas. Depois do nascimento, é com a mãe que o recém-nascido cria os vínculos mais fortes, com uma intensa relação de proteção e carinho. E os primeiros 1000 dias de um bebê são determinantes para sua saúde pelo resto da vida. Em homenagem ao Dia das Mães, celebrado neste dia 10 de maio, a Globo e a Pastoral da Criança lançam a campanha nacional ‘Toda gestação dura 1000 dias’. Este título refere-se ao período que vai do início da gestação até os dois anos de idade e à importância dos cuidados nesta etapa determinante para a saúde pelo resto da vida: 270 dias (9 meses) + 365 dias (1º ano) + 365 dias (2º ano) = 1000 dias.
Nestes mais de 30 anos de experiência em todas as regiões do Brasil, os líderes da Pastoral da Criança compartilham orientações de saúde, educação, nutrição e cidadania com gestantes, crianças e famílias. Esse trabalho voluntário tem o objetivo de promover o desenvolvimento integral das crianças, garantindo as condições para a vida plena.
“A Pastoral da Criança tem um trabalho nacionalmente reconhecido e relevante para a saúde de milhares de mães e crianças brasileiras. Ficamos muito satisfeitos em colaborar e colocar à disposição desse esforço nosso poder de comunicação e de mobilização social. Parceiros desde o primeiro Criança Esperança, há 30 anos, mais uma vez somamos forças pela infância no país”, destaca Sérgio Valente, diretor de Comunicação da Globo.

A campanha

Um filme de 30 segundos, desenvolvido pela área de Comunicação da Globo, será veiculado na programação, para apresentar a campanha e convidar o público para conhecer mais detalhes. Com a proteção como mote, o material intercala cenas de amor e carinho entre mãe e filho. A ideia é mostrar que, ainda que seja impossível proteger os filhos de tombos, joelhos ralados ou a dor de um amor não correspondido, a proteção e cuidado que se tem com as crianças nos primeiros dois anos de vida é fundamental para toda a vida.
A campanha contará também com o aplicativo “1000 dias”, com conteúdo desenvolvido pela equipe técnica da Pastoral da Criança. Qualquer mãe com acesso à internet poderá se cadastrar e receber mensagens de acordo com o tempo de gestação ou a idade do bebê após o nascimento, até que a criança complete o segundo ano de vida. Quem baixar o aplicativo terá a oportunidade de acompanhar, semana a semana, o desenvolvimento gestacional e demais informações que fazem a diferença no desenvolvimento da criança.
As fotos que ilustram o aplicativo foram feitas por Bruno Bralfperr, em uma comunidade de São Paulo (SP), com mulheres acompanhadas pela Pastoral da Criança e seus filhos em atividades rotineiras.
Dicas sobre o tema também estarão presentes nas mídias sociais, a partir de vídeos com a participação de atores do elenco da Globo, como Fernanda Machado, Carolina Dieckmann, Murilo Rosa e Malvino Salvador.
“Os conhecimentos científicos estão disponíveis há muitos anos, mas poucos os conhecem. Com a Campanha do Soro Caseiro, aprendemos sobre o grande potencial da comunicação social na mudança de hábitos das famílias. Temos convicção que, com esta campanha sobre os 1000 dias, muitas vidas serão salvas e as crianças terão uma perspectiva de uma velhice saudável, visto que as doenças que mais acometem os idosos têm forte ligação com os cuidados recebidos nestes primeiros 1000 dias de vida”, afirma Dr. Nelson Arns Neumann, coordenador nacional adjunto da Pastoral da Criança.

Ciência e ação

Uma das mais relevantes e atuais pesquisas sobre o impacto do baixo peso ao nascer foi desenvolvida pelo médico e pesquisador inglês David Barker. Seus estudos revelaram que pessoas que nascem com baixo peso têm maior risco de desenvolver doenças do coração, colesterol, diabetes, obesidade, pressão alta, problemas no funcionamento dos rins, osteoporose, entre outras doenças. No Brasil, o médico Cesar Victora, da Universidade de Pelotas (RS), é uma das referências no assunto e um parceiro da Pastoral da Criança.
Nos últimos 20 anos, apesar da queda da 
mortalidade infantil, aumentou o número de bebês nascendo com peso baixo (com menos de 2,5 kg) e prematuros. Por isso, o voluntariado da Pastoral da Criança vem intensificando suas ações na conscientização sobre os 1000 dias, orientando mulheres sobre cuidados na gestaçãoaleitamento materno, alimentação, vacinação e desenvolvimento infantil.




Direitos e cuidados no pré-parto, parto e pós-parto

A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza algumas atitudes por parte dos profissionais na assistência ao pré-parto, parto e pós-parto. Ressalta também os direitos da mulher para um parto humanizado com base nesses direitos.
pre part parto e pos parto 

Atitudes do profissional de saúde:

- Respeitar a vontade da mulher de ter um acompanhante de sua escolha durante o trabalho de pré-parto e parto;
- Monitorar o bem-estar físico e emocional, durante todo o processo de atendimento;
- Responder as informações e explicações solicitadas;
- Permitir que a mulher caminhe durante o período de dilatação a adote a posição que deseja no momento de expulsão;
- Orientar e oferecer métodos de alívio da dor durante o trabalho de parto, como massagens, banho morno e outras técnicas de relaxamento;
- Permitir o contato pele a pele entre mãe e criança e o início do aleitamento materno, imediatamente após o nascimento;
- Em relação específica aos serviços: possuir normas de procedimentos e monitorar a evolução do parto pelopartograma, oferecer alojamento conjunto e estimular o aleitamento materno.

Direitos da mulher:

- Estar acompanhada durante o trabalho de pré-parto e parto, por alguém de sua escolha;
- Conhecer a identidade do profissional;
- Ser informada pelos profissionais sobre os procedimentos que serão realizados com ela e com seu filho;
- Receber líquidos e alimentos durante o trabalho de parto, sem excessos;
- Caminhar e fazer movimentos durante o trabalho de parto;
- Receber massagens ou outras técnicas relaxantes;
- Tomar banhos mornos;
- Adotar a posição que desejar na hora da expulsão;
- Receber o recém-nascido na hora de amamentar, imediatamente após o parto;
- Ser chamada pelo nome.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda ainda que procedimentos que já são considerados como danosos ou ineficazes – tricotomia (raspagem dos pelos), episiotomia (corte no períneo), enema (lavagem intestinal feita através de sonda retal), cateterismo venoso, jejum, ruptura precoce de membranas e monitorização eletrônica fetal) não sejam feitos rotineiramente.

Sinais de pré-trabalho de parto:

Algumas semanas antes do parto, o corpo da gestante passa por transformações para se preparar para o parto:
- O bebê se posiciona mais para baixo na barriga da mãe, o que causa pressão na parte de baixo da barriga, às vezes, acompanhada de dor nas costas;A barriga fica dura mais vezes - são as contrações, que antes eram fracas, sem dor, e agora passam ser mais fortes;
- Secreções vaginais em maior quantidade, às vezes, de cor mais rosada, aparecem por causa do rompimento de algumas veias. Isso é causado pela descida do bebê, se posicionando para o nascimento;
- Rutura da bolsa de água: acontece a saída de líquido amniótico pela vagina, devido à ruptura das membranas que envolvem o bebê. O líquido pode sair aos poucos, lentamente, ou repentinamente e em grande quantidade. Normalmente, o líquido é claro e transparente. Nesta situação, a mãe deve ir ao hospital mais próximo ou à maternidade a que está vinculada desde o pré-natal;
- Nos últimos três meses de gravidez, a gestante deve evitar o trabalho pesado. Quando ela faz trabalho pesado e se cansa muito, o bebê pode até nascer antes do tempo. Mas fazer trabalhos leves e exercícios ajuda no parto.
Foto: © Jamie Grill/Tetra Images/Corbis

sábado, 16 de maio de 2015

Jornal 189 - 7 Motivos para amamentar

A amamentação exclusiva durante os primeiros seis meses de vida do bebê, e se possível até os dois anos junto com outros alimentos, é importantíssima para o seu desenvolvimento e crescimento.  Veja alguns motivos que podem ajudar as mamães que ainda têm dúvidas sobre amamentação.
          É importante lembrar que o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que o poder público, as instituições e os empregadores devem oferecer condições adequadas ao aleitamento materno para todas as mulheres. Isso significa que as mulheres que trabalham fora têm direito a amamentar seus filhos, mesmo nas horas em que estão trabalhando.
1 - O aleitamento materno tem substancias que protegem o bebê contra doenças como: diarreia, pneumonia, resfriados, infecções de ouvido e garganta, bronquite, alergias e muitas outras doenças.
2 - Previne também doenças degenerativas na idade adulta como: hipertensão arterial, arteriosclerose e diabetes.
3 - Aumenta os laços afetivos entre a mãe e a criança. Ajuda a diminuir o sangramento da mãe após o parto e faz o útero voltar mais rápido ao tamanho normal e ao seu peso anterior.
4 - Diminui o risco de câncer de mama e ovário, além de ser prático e econômico.
5 - A criança que não recebe o leite materno pode adoecer com mais facilidade, tem maior chance de ser um adulto obeso e com diabetes.
6 - As crianças amamentadas exclusivamente de leite materno até os seis meses de vida têm menores taxas de prevalência de asma, rinite e eczema.
7 - Trabalhos científicos demostram que as crianças amamentadas são mais inteligentes, desenvolvem melhor a visão e têm crescimento mais harmonioso.
                                                                                                                                                    Fonte: Revista Mamãe e Bebê

sábado, 2 de maio de 2015

ALIMENTAÇÂO SAUDÁVEL PARA GESTANTE


  A mulher precisa de uma boa alimentação para se manter saudável e para que seu bebê possa se desenvolver e nascer com peso adequado. Se a gestante se alimenta mal, ela pode ficar anêmica e desnutrida. Seu bebê pode nascer com baixo peso, ter mais facilidade de ficar doente e demorar mais para se recuperar.   Uma alimentação saudável contém alimentos variados, limpos,frescos e em quantidade suficiente. É muito importante se preocupar com a qualidade e a quantidade dos alimentos. Tanto a falta quanto o excesso de comida podem fazer mal à saúde.  
Para uma alimentação mais saudável é preciso dar preferência a alimentos frescos e evitar alimentos industrializados, principalmente, refrigerantes e salgadinhos. A forma de preparo dos alimentos também é muito importante: sempre é melhor comer alimentos assados e cozidos do que fritos.

O Ferro

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O ferro é um nutriente importante para uma gestação sadia e para o bom desenvolvimento do bebê na barriga da mãe.
A falta de ferro causa anemia, doença muito comum na infância, gestação e adolescência, períodos em que as necessidades destes nutrientes são altas, pois as mudanças no corpo são mais intensas. Por isso, a gestante precisa comer alimentos ricos em ferro, como:
• carnes de gado e aves;
• coração, fígado, rins, baço (passarinha) e outras vísceras;
• vegetais de vagens: feijão, lentilha, ervilha;
• vegetais de folhas verde-escuro: couve, taioba, agrião, salsa;
• melado de cana (melaço), castanha do Brasil, de caju e amendoim (gingoba)
O ferro é melhor aproveitado quando a gestante come alimentos ricos em vitamina C e A na mesma refeição.

A Vitamina C

A vitamina C ajuda a prevenir infecções, fraqueza muscular, sangramentos nas gengivas e a cicatrizar feridas. Alguns alimentos ricos em vitamina C são, por exemplo:
• Frutas cruas: limão, laranja, abacaxi, caju, mamão, acerola, murici;
• Verduras cruas: folhas verde-escuras, pimentão.
• Legumes alaranjados e vermelhos: abóbora,cenoura;A vitamina A ajuda a prevenir diarréia, infecções, protege a visão e ajuda no crescimento do bebê no útero, além de fortalecer as defesas do organismo. Alguns alimentos ricos em vitamina A são:
• Folhas verde-escuras;
• Leite, manteiga, queijos;
• Gema de ovo;
• Frutos amarelos:manga, caqui, mamão, pequi;
• Frutos de palmeiras:buriti, pupunha,tucumã, dendê.

O Iodo

O iodo é importante para o desenvolvimento físico e mental. A falta de iodo no corpo da gestante afeta a formação do cérebro do bebê. Os alimentos que contêm iodo são:
• Sal iodado;
• Peixes e mariscos;
• Verduras, legumes e frutas plantados em terra rica em iodo, ou seja, em terras próximas do mar.

O Cálcio

O cálcio é importante para a gestante e para o bebê porque ajuda a formar e manter fortes dentes e ossos. Alguns alimentos ricos em cálcio são:
• Leite, queijo, coalhada e iogurte;
• Folhas verde-escuras;
• Gergelim;
• Peixes pequenos.
A gestante deve preparar, no máximo, comida para duas refeições por vez. Assim, ela não vai consumir comida antiga e diminui muito a chance da comida estragar. Deve também evitar frituras e valorizar os assados e cozidos.

O Ácido fólico

O ácido fólico, de alimentos como vísceras, feijão e vegetais de folha verde escura, ajuda a prevenir problemas no cérebro e na coluna do bebê.
Dicas para aproveitar melhor os alimentos e melhorar seu estado nutricional:
• Arroz e feijão é uma combinação rica em nutrientes. Um complementa o outro. O arroz fornece proteínas, carboidratos e algumas vitaminas. E o feijão é rico em ferro, fibras e também em proteínas diferentes das encontradas no arroz.
• Os alimentos da estação e da região são mais frescos, saborosos e nutritivos, além de mais baratos;
• Toda refeição deve ter pelo menos um alimento cru, que pode ser salada ou fruta;
• É melhor comer os alimentos logo depois de preparados. Alimentos requentados ou fervidos por muito tempo perdem nutrientes;
• As sobras de alimentos cozidos devem ser guardadas em geladeira (geleira) ou lugar fresco, cobertos por peneiras ou telas.
• A vasilha onde se guarda água deve ser tampada;
• Café, chá mate, chá preto, leite e derivados, chocolate e refrigerantes prejudicam a absorção do ferro e precisam ser evitados até duas horas após as refeições.
Todos têm direito de comer diariamente alimentos de qualidade e na quantidade necessária para ter saúde. Isso é segurança alimentar e nutricional.