Dia dos Pais, além do comércio e sentimentalismo
Comemorar o Dia dos Pais não é só aquecer o comércio com a compra de presentes, nem cair em um sentimentalismo criado pela sociedade de que nesse dia é preciso "abraçar" e festejar os pais. Pode ser isso também, mas deveria ser, sobretudo, uma ocasião propícia para trazer na discussão a seguinte questão: como estamos colaborando, enquando família, comunidade, sociedade, para que os pais possam exercer seu protagonismo e desempenhar com segurança, autonomia e condições favoráveis as tarefas que competem a eles?
Como a Pastoral da Criança faz
Saiba mais: como surgiu o Dia dos Pais.
Sonia Mendes - terapeuta familiar
"Vocês, pais, são muito importantes no desenvolvimento e na personalidade dos seus filhos", diz Sonia Mendes.
Que tal aproveitarmos a proximidade da data comemorativa para refletir sobre o que é ser pai e qual é a sua missão? Sobre a importância do pai na família, confira a entrevista com a terapeuta familiar Sonia Mendes.Sonia, o pai de hoje é muito diferente do pai de antigamente, não é?
Eu acho que sim, inclusive porque o mundo vai sofrendo transformações, as coisas vão acontecendo e as famílias precisam se adaptar. Consequentemente, os pais também vão se adaptando. No passado, o pai era o provedor, era “o cabeça” da família, aquele pai mais austero. Quando ele ia chegar em casa, a família toda tinha que ficar quieta. Hoje não, hoje pede-se um pai mais participativo. Então, eu acho que é consequência dessas mudanças do mundo.E por que se diz que o pai deve ser muito mais presença do que presente?
O pai, com o presente, não substitui a presença. Muitas vezes, os pais se sentem culpados por não estarem dando atenção, ou porque não participam da educação, não participam do convívio, não sentam na mesa para comer com os filhos, pra conversar. Eles trazem presentes para os filhos ficarem alegres. Mas, na verdade, o que o filho realmente quer, do fundo do coração, é a presença do pai. É o contato, é sentar para uma brincadeira, jogar uma bola, ler um livrinho. Então, o pai com presente não substitui a presença.Hoje, algumas crianças têm dois pais, e outras vezes um padastro. Como se dá essa convivência?
Primeiro, antes de mais nada, o pai biológico é o pai biológico. Hoje em dia, há muitos casais separados, então, muitas vezes, os filhos convivem com o padastro. O padastro também pode exercer alguma função paterna, o limite, prover algumas coisas. Mas esse contato com o pai biológico deve também ser um contato afetivo e de preferência evitar um conflito. A criança, quando está com o padrasto, vai seguir as regras daquela família. Quando ela está com o pai, ela vai vivenciar de acordo com a casa do pai, no convívio com o pai.Confira a entrevista na íntegra: Entrevista com Sonia Mendes - Dia dos Pais
http://www.pastoraldacrianca.org.br/pt/tema/3200-pai-presenca-e-amor-na-vida-dos-filhos
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